RESENHA: Apenas um Dia – Gayle Forman / Editora Novo Conceito

por Biia Rozante
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Classificação: 5/5
Amor/Drama/Mistério

Sinopse: A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida. Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro… Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.

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PARA REFLETIRMOS SOBRE NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS 



Apenas um Dia é um livro feito para reflexão, ele nos obriga a questionar nossas próprias escolhas e a forma como lidamos com isso. Se você está esperando apenas uma linda história de amor, com um enredo clichê, sinto em dizer que você irá se decepcionar. Não se trata apenas de um romance, é um livro de descobrimento sobre si mesmo, sobre aprender a se amar, tomar as rédeas, a direção de sua vida. Fazer suas próprias escolhas e se responsabilizar por elas. Fala sobre sair da zona de conforto, sobre a fragilidade das relações familiares, relacionamento, comodismo e amizades. O que tem se mostrado uma característica da escrita da autora.

Gayle Forman é de muita sensibilidade extraordinária, sua escrita é emocional, fluida e muito focada e ao terminar de ler você fica com aquela sensação de que precisa de muito maiiiiiiiiiiis.

Até ler este livro, eu nunca havia dado tanta atenção ao valor de um único dia. São 24 horas que podem mudar, transformar modificar totalmente sua vida. Em um único dia pode haver, nascimentos, mortes, encontros, desencontros, amor, ódio, aprendizado e ensinamento. A verdade é que tudo e nada pode acontecer nesse dia e infelizmente nós não paramos para dar valor a ele. Por essas outras razões, Apenas Um Dia, acaba sendo um tapa na cara, para seres cínicos que não acreditam no poder da intensidade dos momentos.


Allyson é a típica garota politicamente correta. Com uma vida toda planejada, super protegida pelos pais e sem controle nenhum sobre suas decisões e escolhas. Uma menina confusa, conflitante e que sofre por isso, ela tende a guardar tudo o que não a agrada para si mesma. Mas o que notei em Allyson é que ela precisava apenas de um incentivo, um ponto de ruptura que a obrigasse a prestar mais atenção em si mesma. Do mais, uma menina inteligente, bonita e introspectiva.


E é durante uma viajem de presente de formatura para a Europa que Allyson encontra a primeira fagulha para se libertar. E essa fagulha tem nome, Willen.

Willen é apaixonante, um mocinho bonito, vivendo a vida no melhor estilo “deixa a vida me levar” ou seja, o oposto de Allyson. Willen com seu espirito livre e extrovertido, ainda que muito misterioso, faz um convite ousado e totalmente inesperado, e quebrando todas as regras Allyson aceita, e tenho certeza que para uma vida regada de nãos, foi completamente libertador assumir o SIM.


E Willem ri de novo. O som é claro e forte como o de um sino e me enche de alegria. É como se, pela primeira vez na minha vida, eu compreendesse que este é o verdadeiro sentido do riso: espalhar felicidade.


Juntos eles embarcam para viverem um único dia juntos. Um dia sem reservas, sem medos, dúvidas, inseguranças. Um dia para se libertar, se sentir livre, ser o que sempre quis, sem julgamentos. O que Allyson não imaginava é que esse único dia mudaria para sempre sua vida.

(…) Pelo visto, quando se tem apenas um dia, pode-se dizer qualquer coisa e ver no que vai dar…

São altos e baixos, quase encontros e desencontros, reviravoltas uma constante expectativa e ansiedade. Tudo nessa história é bem construído, o enredo, os cenários, os personagens. Os relacionamentos tanto de amizade, quanto familiares são bem retratados e tratam de momentos delicados como, confiança, proteção, ciumes, envolvimento, perda, amadurecimento e crescimento. Eu já mencionei que tudo isso é regado com muita sensibilidade e perspicácia de Shakespeare? Exatamente, o toque mais que perfeito para deixar o que já é bom, ainda melhor.

– Acho que tudo está acontecendo o tempo todo, mas, se você não se coloca no caminho, acaba perdendo.

O livro termina da maneira mais inesperada no momento mais crucial, você está com as emoções a mil por hora, ansiosa, louca, e na expectativa. Quase gritando SIMMMMMMMMMM e então… Isso mesmo, ele termina e você fica roendo as unhas e aguarda ansiosamente pelo segundo e terceiro volume. Pelo que pesquisei o segundo volume “Apenas um Ano”, trará a visão Willen sobre aquele dia especial e o ano que segue. O que significa que só saberemos o desfecho dessa história emocionante e envolvente no terceiro volume da série “Apenas uma Noite”. É minha gente, Gayle Forman realmente quer deixar seus leitores insanos.

Às vezes, só se pode sentir algo quando se perde. Pelo espaço vazio deixado para trás…


Espero que tenham gostado e que essa resenha de alguma forma transmita uma parte de tudo o que senti lendo.

Até a próxima, Beijos.


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