[RESENHA] Primeiro e Único – Emily Giffin / Editora Novo Conceito

por Biia Rozante
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Classificação: 4/5

Sinopse: Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos. Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos. A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.

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”(…)Sim. Mas não se deixe enganar. As melhores coisas da vida parecem simples. Mas só parecem.”

Eu sei que deveria vir aqui e apresentar a vocês uma resenha, mas a verdade é que não sei se conseguirei. Não me entendam errado, vou explicar, Primeiro e Único me levou do ódio ao amor em questão de um parágrafo. Eu comecei a leitura tendo em mente um enredo, que não sei dá onde tirei; mas vamos aos fatos: Primeiro eu julguei o livro pelo título, podem me condenar, mas quando vi a capa do livro pensei, Oba! Um livro sobre amor de infância, provavelmente um amor unilateral até que no fim ambos descubrem que se amam e então, final feliz. Segundo equivoco, julguei o livro pela capa, exatamente, pensei, atleta, corpos suados, homens quentes… Ok, parei. Mas o que realmente importa é que juntei a sinopse que pouco revelava sobre a história, mais o meu pré-julgamento sobre o título, e minha impressão sobre a capa  e formei uma trama. E eu não poderia estar mais enganada.



Com personagens bem construídos e um enredo divertido, Primeiro e Único é um livro original, desafiador e surpreendente. Mas confesso, eu demorei para me conectar com a história e até achei o inicio um pouco lento e cansativo e então, BOOM a autora mostra porque ela é considerada uma das melhores, Emily me conquistou. (Detalhe, de cara logo nos primeiros diálogos e capítulos capitei a jogada da autora, e pensei: Tá de brincadeira? É isso mesmo? Surtei total, e como sou extremamente ansiosa e curiosa, não consegui me conter e sim, eu li a última página só para confirmar se minhas suspeitas estavam certas e adivinhem SIM EU ESTAVA. Primeiro eu vibrei, porque eu adorei saber sobre o que realmente seria a história, ai depois fiquei em depre total porque eu já sabia o final. Mas descobrir de cara, só me motivou a ler mais e desvendar como a autora trataria o tema abordado). A verdade é que a autora conseguiu me deixar com lágrimas nos olhos e com o coração mais que acelerado, segurando o fôlego nos capítulos finais.

Shea Rigsby é uma mocinha única, nada convencional. Shea é fanática por futebol americano, apesar que o temor fanática ganhou um novo nível ao ser usado com ela. Gente, a mulher literalmente vive, respira e come futebol, e isso é desde muito pequena. Ela trabalha no departamento esportivo do Walker que nada mais é, que seu time, sua obsessão, sua religião e nunca se quer cogitou deixar o emprego ou a cidade natal, até que uma tragédia atinge a família de sua melhor amiga Lucy.

Shea que aparentemente estava feliz e satisfeita com sua vida, começa a questionar tudo, o emprego, seu namoro, a relação dela com a família, a única coisa pela qual ela não fica em dúvida, é seu amor incondicional pelo Walker e sua admiração pelo treinador Clive Car, que é o pai da sua melhor amiga Lucy. A proposito é graças a família de Lucy que Shea se tornou tão obcecada por futebol.
Bem vamos lá, eu não quero dar spoiler, na verdade eu me recuso a contar o que acontece, e qual o mistério na obra, porque gente, é realmente muito prazeroso descobrir conforme você vai lendo. A autora foi tão delicada, sutil e sábia em sua escrita que é completamente impossível não ficar questionando a cada capítulo, se vai dar certo, se realmente é o que você está pensando que é. É uma sensação constante de inquietação e curiosidade.

”Agora cá estávamos, aparentemente no mesmo lugar, exatamente onde havíamos começado. Ainda assim, não éramos os mesmos. Nada mais era.”

A questão é que Primeiro e Único, não é apenas um romance, mas um livro que fala sobre o amadurecimento, ir atrás do que te faz feliz, se arriscar, jogar o jogo realmente. A autora foi fantástica ao falar de amor de maneira tão natural e despretensiosa, criando personagens reais, com características realmente humanas, mesmo diante de temas polêmicos.

O que mais me incomodou no livro é que não entendo nada sobre futebol americano, e mesmo diante das explicações da autora eu fiquei entediada em alguns momentos, outro ponto foi que fiquei com aquela sensação de quero mais. Sim, faltou mais umas duas páginas, ou porque não, um epílogo, depois de tudo que os protagonistas passaram, e enfrentaram eu queria poder saber um pouquinho mais, ter uma pontinha de como as coisas ficaram. Achei o final injusto diante da história.

Mas enfim, eu recomendo e muito a leitura. Apesar de tudo, o livro realmente é leve e prazeroso, com um enredo bem desenvolvido, sem pontas soltas e personagens bem construídos.

P.S. Livro Cortesia da Editora Novo Conceito.


Até a próxima! Bye.




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