[RESENHA] O Príncipe dos Canalhas – Loretta Chase / Editora Arqueiro

por Biia Rozante
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O Príncipe dos Canalhas, Série Scoundrels Vol. 01 – Loretta Chase

Sinopse: Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent… Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade – muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho. Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.

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O PRINCÍPE DOS CANALHAS, superou todas as minhas expectativas. Em nenhum momento desde que peguei o livro em mãos,  me preparei para o enredo dinâmico e surpreendente que leria. E isso me proporcionou, um deliciosa leitura. Não tem como, não se sentir sugada, arrebatada e viciada por esta irreverente história de amor. Você vai vibrar, torcer, refletir e ficar com raiva, mas no final irá se apaixonar.

Com um enredo sagaz, irônico, divertido, diálogos inteligentes e rico, somos convidados a conhecer Lorde Dain, ou melhor dizendo, Sebatian Ballister, um canalha perfeito. E sabe o que é mais divertido disto tudo? É que ele não apenas sabe sobre esse título, como o adora. E faz de tudo para mantê-lo.

Após ser deixado para trás por sua mãe, quando a mesma fugiu com seu amante. Sebastian ficou aos cuidados de seu pai, um homem espirituoso e cruel, que faz de tudo para escondê-lo e afastá-lo da sociedade. Por essa razão Sebastian passa a fazer de tudo para chamar sua atenção. Por ser um jovem “feio” e “esquisito”, ele acaba sofrendo demais com seus companheiros de colégio, sendo rejeitado por todos. Mas,  ele dá a volta por cima e não apenas se forma em uma faculdade de renome e notoriedade, como faz fortuna. Quando seu pai morre, Sebastian paga todas as suas dívidas e mantém o título da família, tornando-se assim, Lorde Dain, Lorde Belzebu, ou seja, lá, como as pessoas gostam de chamá-lo, é um cretino em forma de homem, o líder de um bando de brigões e bagunceiros. Um homem influente, inteligente, másculo e muito viril, é também um depravado, e apesar dos muitos amigos que possui, é muito mal visto pelas Damas da sociedade.



Mas isso tudo é apenas uma máscara, uma forma de se proteger. Dain tem medo de voltar a ser rejeitado e ridicularizado. Por esta razão quando ele fica adulto, tudo o que pensa é em se divertir, manter-se longe de damas respeitáveis e ter tudo que o dinheiro pode pagar.

Entretanto, Dain não contava com a presença da exuberante, petulante e desaforada Senhorita Jessica Trent, que tem como missão, resgatar seu irmão deslumbrado e cabeça de vento, das garras do desordeiro e manipulador Lorde Dain. Diante do confronto, tudo o que Dain consegue enxergar é um desafio explicito de provar a jovem o quanto cruel ele pode ser, e assim, fazer jus a suas acusações.

Jess é diferente de todas as damas as quais Dain conhece. Ela é linda, inteligente, divertida, esperta, a frente de sua época. Possui uma resposta para tudo, parece não temê-lo, e faz com que se sinta como se pudesse verdadeiramente enxergá-lo. Não demora muito para que eles acabem entrando em uma zona perigosa, com joguinhos e flertes aparentemente inofensivos. Provocações e desafios silenciosos.  Só que Jess sabe o que quer, e detém o poder de deixá-lo confuso.

“— No meu dicionário, romance não é um sentimento piegas e pegajoso — disse ela. — É algo picante, temperado com entusiasmo e uma boa dose de cinismo. — Ela estreitou os olhos. — Acho que daqui a algum tempo você se transformará num belo tempero picante, Dain. Com alguns ajustes, claro”.


Dain não acredita que alguém possa amá-lo, achá-lo de alguma forma bonito. Entretanto Jess, demonstra ter sentimentos genuínos e sinceros. Mas como uma jovem tão bela quando ela, poderia se interessar por ele? Poderá um coração duro, como o de Dain amolecer?

“Então o que o prende?, perguntou a si mesmo. Que força poderosa e diabólica o arrastou até aqui para observá-la, embasbacado, sair da festa acompanhada? E que correntes são essas que o prendem aqui, à espera de um vislumbre dela?”


O que mais me deslumbrou na obra, foi à maneira como a autora conduziu o enredo, o romance não acontece do nada. Dain é relutante e cauteloso. Jess é voraz e determinada. Dain e Jess são personagens únicos. Eles são teimosos, orgulhosos, com personalidades marcantes e destemidos. Dain sofreu muito em sua infância, e acabou precisando aprender a lidar com essas adversidades. Ele não teve amor, carinho ou cuidado, muito pelo contrário, foi sempre renegado e jogado de um lado para o outro sem nenhuma piedade. É compreensiva a barreira que ele criou em volta de seu coração.  Ele não se dá valor,  não se ama e acredita fielmente não ser merecedor de tais sentimentos.  É doloroso, eu senti sua dor, e apesar de ter ficado com muita vontade de socá-lo, algumas vezes apenas quis pegá-lo no colo e acarinhá-lo.

Jess é o encaixe perfeito. Mesmo que eles demorem para perceber isso, são feito um para o outro. Ela o desafia, o afronta, é cheia de marra. Faz com que ele tenha que pensar, o obriga a rever seus próprios conceitos e tomar decisões malucas. E ao contrário de todos, ela não o repudia, ou apenas o quer por perto devido a seu status e dinheiro. É impossível não se apaixonar por essa mocinha e sua bravura.

“E ela não se soltou de seu pescoço. Não afastou sua boca da de Dain. Seu beijo era tão doce e inocentemente ardente quanto o dele era ousado e provocante. Ele se sentiu derreter soba aquele ardor virginal, como se ela fosse à chuva e ele um pilar.”


Além de tudo que já mencionei, ainda temos uma escrita fluida, doce, muito bem construída e sólida. Que nos permite ter uma leitura rápida e deliciosa, que me deixou emocionada, torcendo e vibrando, sorrindo e suspirando por estes personagens e sua bela história de amor. Que nos obrigada a refletir e guardar diversas cenas para sempre em nossas memórias. Superação, segundas chances, recomeços, se permitir e se entregar, sãos apenas alguns dos pontos trabalhados no enredo. Terminei a leitura com aquele gostinho de saudade e quero mais.

“Ela era possessiva… em relação a ele. Aquela criatura linda e louca – ou cega e surda – anunciara isso com a mesma frieza com a qual alguém pedia para passar o saleiro, e sem perceber que o eixo da Terra havia acabado de virar de cabeça para baixo”.


Parabéns a Editora Arqueiro pelo belo trabalho. O livro está lindo, desde a capa até a diagramação simples e impecável.



Até a próxima! Bye.

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0 comentário

Livros & Entretenimento 30 de dezembro de 2015 - 18:12

Olá, tudo bem?
Sem dúvida nenhuma foi o melhor romance de época que li esse ano, a história desses dois é linda demais!
Amei conhecer seu cantinho e já estou seguindo!
Beijos,

http://livrosentretenimento.blogspot.com.br/

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Biia Rozante | Atitude Literária 30 de dezembro de 2015 - 20:02

Olá. Muito obrigada pelo carinho. Mega feliz que gostou do cantinho, aqui é meu segundo lar <3

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