[RESENHA] Desejo à Meia – Noite, Os Hathaways, Vol.01 – Lisa Kleypas – Editora Arqueiro

por Biia Rozante
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Desejo à Meia – Noite, Os Hathaways, Vol.01 – Lisa Kleypas


Sinopse: Após sofrer uma decepção amorosa, Amelia Hathaway perdeu as esperanças de se casar. Desde a morte dos pais, ela se dedica exclusivamente a cuidar dos quatro irmãos – uma tarefa nada fácil, sobretudo porque Leo, o mais velho, anda desperdiçando dinheiro com mulheres, jogos e bebida. Certa noite, quando sai em busca de Leo pelos redutos boêmios de Londres, Amelia conhece Cam Rohan. Meio cigano, meio irlandês, Rohan é um homem difícil de se definir e, embora tenha ficado muito rico, nunca se acostumou com a vida na sociedade londrina. Apesar de não conseguirem esconder a imediata atração que sentem, Rohan e Amelia ficam aliviados com a perspectiva de nunca mais se encontrarem. Mas parece que o destino já traçou outros planos. Quando se muda com a família para a propriedade recém-herdada em Hampshire, Amelia acredita que esse pode ser o início de uma vida melhor para os Hathaways. Mas não faz ideia de quantas dificuldades estão a sua espera. E a maior delas é o reencontro com o sedutor Rohan, que parece determinado a ajudá-la a resolver seus problemas. Agora a independente Amelia se verá dividida entre o orgulho e seus sentimentos. Será que Rohan, um cigano que preza sua liberdade acima de tudo, estará disposto a abrir mão de suas raízes e se curvar à maior instituição de todos os tempos: o casamento?

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Com um enredo divertido, leve e fluido, somos convidados a conhecer a família Hathaways – Amelia, Leo, Win, Poppy e Beatrix -, cada um com sua personalidade e peculiaridade.

Amelia, uma jovem de 26 anos, solteira e já considerada velha demais para se casar, é uma mulher forte, destemida, confiante, ama sua independência e não está disposta a abrir mão disto. Após a morte de seus pais, tomou para si a responsabilidade de proteger e educar seus irmãos. Responsabilidades essas que a tornaram uma mulher espirituosa, teimosa e controladora. Amélia também não é o tipo de jovem sonhadora, não acredita no amor e sabe muito bem o que esse sentimento pode causar – dor e decepção -, afinal de contas ela já passou pela experiência e não saiu feliz. Entretanto, nem sempre se pode ter controle absoluto sobre tudo, não é?



Cam Rohan, é meio cigano, meio irlandês, um homem de aura selvagem, misterioso, poderoso e enigmático. Teimoso e determinado, dono de uma inteligência invejável e sorte que ele insiste em acreditar que seja uma maldição. Afastado de seu verdadeiro povo, Cam não consegue se sentir parte da sociedade em que está inserido. E por esta razão vive em uma contante guerra contra si mesmo, não sabendo se deve ou não partir e deixar para trás tudo que conquistou e aprendeu.

“(…) Não conseguia compreender por que aquela mulher, em sua inocência inteligente e arredia, o cativara tão completamente. Tudo o que sabia era que sentia um desejo intenso de tocar alguma coisa nela, de arrancar-lhe todo o invólucro artificial de corpetes, rendas e sapatos, a cortina de seu vestido, os pequenos ganchos de seus grampos.”


Amelia é extremamente focada em sua família, a todo custo ela tenta tomar as rédeas e controlar seus irmãos e o modo como vivem, pensando estar fazendo o melhor por eles. E devido a isso ela se anula completamente. Ela também é uma mulher ferida, que foi abandonada pelo noivo e por está razão tem para si que é melhor não se envolver em nenhuma espécie de relacionamento. Por isso, quando Cam entra em sua vida a deixa desconcertada e sem saber como lidar com os conflituosos sentimento e reações inapropriadas que possui sempre que o vê. Amelia se recusa a perder o controle, não aceita perder sua independência, e quanto mais recua, mais para dentro dos braços de Cam, ela caminha.

“— Nunca tenha medo de ter esperanças – disse Rohan com delicadeza. – É a única forma de começar.”

Cam quer recuperar sua liberdade, voltar para seu povo e descobrir mais sobre si mesmo. Ele quer sentir que pertence a algum lugar, que a má sorte o deixe. Mas só depois de encontrar Amelia é que ele passa a perceber que existem outros tipos de liberdade. Ele não quer o amor, não quer um relacionamento, mas Amelia desperta o melhor e o pior nele, o intrigando e deixando-o completamente hipnotizado pela mulher forte e corajosa que insiste em desafiá-lo.

“Acredito em magia e mistério, em sonhos que revelam o futuro. E acredito que algumas coisas estão escritas na estrelas… ou mesmo na palma das mãos.”

“[…] Na matemática, era possível pegar um número finito e dividi-lo de forma infinita, com o resultado de que, embora o total permanecesse o mesmo, a magnitude de seus limites prosseguia para sempre. O infinito. Era a primeira vez que Cam vislumbrava esse conceito em uma mulher.”


Tudo no relacionamento deles é ousado e inapropriado. Juntos eles não podem se conter e permitem que seus medos, inseguranças e sonhos venham a tona. Passam a compartilhar paixão, entrega e cumplicidade. O romance é lindo e açucarado, mas também possuiu muitos obstáculos, julgamentos e uma sociedade preconceituosa a enfrentar. Entretanto, o que é que um amor verdadeiro e intenso não consegue superar?

“(…) ah, se eu pudesse ter só mais um dia com Cam, eu faria caber uma vida inteira nessas poucas horas.”


Amei a forma como a autora trabalhou com uma família “azarada”, conflituosa e pobre em meio a uma época em que títulos, bons casamentos e dotes faziam toda a diferença. O modo como ela inseriu personagens tão fascinantes e conflituosos, fora dos padrões de personagens de livros históricos, lhes dando espaço e cenas para que se firmassem e nos deixassem com aquele gostinho de quero muito mais para os próximos livros da série.

Com muita leveza, diálogos descontraídos e um enredo inteligente, Lisa conquistou meu coração de leitora romântica incurável.




















Essa foi minha segunda leitura do #DesafioAtitudeLiterária1 e fiquei muito feliz com a escolha.

Até a próxima! Bye.

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