[RESENHA – VÍDEO] Mentirosos – E. Lockhart / Editora Seguinte.

por Biia Rozante
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MENTIROSOS – E. Lockhart

Sinopse: Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano o patriarca, suas três filhas e seus respectivos filhos passam as férias de verão numa ilha particular. Cadence – neta primogênita e principal herdeira –, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos. Cadence admira Gat por suas convicções políticas e, conforme os anos passam, a amizade com aquele garoto intenso evolui para algo mais. Mas tudo desmorona durante o verão de seus quinze anos, quando Cadence sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido… até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.

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INTRIGANTE, OUSADO E DOLOROSO…

São apenas algumas das palavras que podem ser usadas para descrever uma das leituras mais surpreendentes, originais e densas que já tive o prazer de ler.

Eu sei, já faz muito tempo que a obra foi publicada, mas só agora consegui criar coragem e ler. Porque, desde o início eu sabia da existência de um segredo e que o mesmo era a chave de toda da história em si. E como já mencionei aqui um tempinho atrás, eu sou avessa a histórias que me façam chorar.

Em MENTIROSOS, conheceremos a família Sinclair. Uma família que é vista como perfeita, na verdade esta é impressão que eles querem passar para os demais. Com sua genética abençoada, eles são altos, loiros, olhos claros e lindos. São amorosos, perfeitos e incríveis. Os Sinclair não choram, não erram, eles são perfeitos. Entretanto, por trás de toda a fachada encontramos uma família quebrada e cheia de problemas.

Não importa se o divórcio retalha os músculos do nosso coração a ponto de mal conseguir bater sem esforço. Não importa se o dinheiro do fundo de investimento está acabando, se as faturas do cartão de crédito não são pagas e se acumulam sobre a bancada da cozinha. Não importa se tem um monte de frascos de comprimidos sobre a mesa de cabeceira. (…) Somos Sinclair. Ninguém é carente. Ninguém erra.


O livro é narrado em primeira pessoa, pela Candace, que é a neta mais velha da família Sinclair, uma família de alto nível e que se destacam por seu tradicionalismo e poder. Donos de uma ilha, em todos os verões todos os membros da família migram para este local. E Candace, assim como seus demais primos aguardam por isso ansiosamente.

Entretanto, em um destes verões algo acontece, um acidente sério. Candace não consegue se lembrar de muita coisa, ela está traumatizada, passou a ter dores de cabeças terríveis e ela mudou muito. A menina descontraída e alegre, agora se tornou uma jovem introspectiva. Ela também não está mais voltando para a ilha, tem dois verões que ela não aparece. Ninguém explica o que aconteceu, ninguém toca no assunto, e o fatídico versão segue sendo um grande mistério.

”O silêncio é uma camada protetora sobre a dor.”


Então, Candace se cansa de não saber de nada. Ela não aguenta mais sentir tanta dor e ser impedida de voltar para ilhar encontrar seus primos. Ela está decidida a descobrir o que realmente aconteceu, já que todos se recusam a contar para ela, ela enfim vai… E é então, que mesclando passado e presente, passamos a compreender a verdade.

O inicio do livro realmente é muito lento. Mas não pare, siga e persista porque tudo tem um motivo, tem um porque e… UAU.

”Se você quiser viver em um lugar onde as pessoas não tenham medo de ratos, deve abrir mão de viver em palácios.”


A obra é muito bem construída, com um enredo inteligente, viciante e intrigante. A autora consegue nos enredar e sugar para dentro da trama de tal maneira que você não consegue parar de ler, enquanto não chega ao fim e descobre de uma vez por todos o que realmente aconteceu no fatídico verão.

E caros leitores, quando isso acontece… Não, tem como colocar em palavras a emoção que me tomou e a maneira como eu fiquei. Sim, eu chorei, sofri e mesmo já tendo se passado dois meses desde que li, ainda não sei como lidar. É doloroso, intenso e chocante.

Com uma escrita fantástica e por sua originalidade, E. Lockhart conseguiu me enganar e me surpreender, mesmo criando milhares de teorias e com todas as dicas sutis que ela vai deixando ao longo do enredo – Dicas essas que só me toquei depois de ter concluído a leitura e descoberto tudo -, eu não fui capaz de captar ou se quer cogitar a verdade.

É importante que você realmente leia a obra sem saber muito a respeito. Apenas o pegue e leia, descubra por si mesmo, tente desvendar o mistério porque daí sim, você será surpreendido e aproveitará a experiência o máximo possível.

Parabéns a editora. Capa linda, diagramação simples e impecável.

Tentei não soltar spoilers e realmente me esforcei para trazer até vocês uma boa resenha, espero que gostem.

Assista a resenha em vídeo.




Até a próxima! Bye.

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0 comentário

Cantinho da Caro 29 de março de 2016 - 09:41

Miga sua louca! Porque tá lendo esses livros loucos! Senta aqui, vamô conversar!

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Biia Rozante | Atitude Literária 29 de março de 2016 - 17:28

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk… TO precisando voltar para os históricos lindos e fofos <3

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