[RESENHA] Sedução da Seda, Série As Modistas, Vol. 1 – Loretta Chase / Editora Arqueiro

por Biia Rozante
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SEDUÇÃO DA SEDA, Série As Modistas, Vol 1 – Loretta Chase

Sinopse: Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon. Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna. O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas. Primeiro livro da série As Modistas, Sedução da seda é como um vestido minuciosamente desenhado por Loretta Chase: de cores suaves e românticas em alguns trechos, mas adornado com os detalhes perfeitos para seduzir.

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Filha de “nobres” de reputação duvidosa, especialistas em golpes e tramoias, Marcelline Noirot é uma verdadeira notável. Dona de uma beleza exuberante, é sagaz, atrevida, manipuladora e cheia de artifícios quando o assunto é conseguir exatamente o que deseja. Ela é a irmã mais velha de Sophia e Leonie e juntas são donas do ateliê Maison Noirot, isso mesmo, elas são modistas, lojistas por assim dizer, mulheres da classe trabalhadora sem títulos ou posses o suficiente para serem consideradas da nobreza.

Marcelline possui uma confiança fora do comum, ela sabe que é a melhor modista e não banca a humilde ao deixar isso claro, seu maior sonho é ser capaz de cuidar de sua família e fazer seu ateliê crescer mais a cada dia. É então que algo surge em sua mente, se ela quer que os nobres usem suas roupas ela precisa que um deles, não qualquer um, mas alguém realmente importante seja vestida por ela e quem melhor para fazer isso se não a Duquesa de Clevedon, ou melhor, a futura duquesa de Clevedon.

“— Com determinação, tudo é possível — disse Marcelline.Principalmente quando a determinação vem da parte de um Noirot. Era impressionante tudo que podia ser obtido com uma pitada de mentira, um pouco de suborno, uma dose de encanto e um decote revelador.”


Duque Clevedon é um homem de presença marcante, extraordinariamente lindo, que exala confiança e poder. Um libertino que está passando uma temporada em Paris, antes de realmente retornar para Londres e assumir seu compromisso com Lady Clara, a mulher que ama desde que era uma criança. Clevedon é um homem determinado, que corre atrás do que quer e que não costuma se importar com o que as pessoas a sua volta vão pensar. Por esta razão, quando avista uma mulher de beleza rara, que consegue atrair toda a atenção em sua direção, ele não pensa duas vezes antes de se aproximar e se apresentar.

“(…)Ela era a mulher menos previsível que conhecera. E, naquele momento, sentia-se como um daqueles homens que haviam dado de cara no poste.”


Só que o jogo da sedução pode ser realmente perigoso. Apesar da astúcia de ambas os lados, já que tanto Marcelline quando Clevedon são mestres na arte. O que era apenas uma conquista de negócios, um meio para se chegar ao fim e conseguir alcançar uma potencial cliente que colocaria Maison Noirot em outro nível, torna-se algo muito mais atraente e de difícil fuga.

“Quando olhou para baixo e seus olhares se encontraram, certo e errado perderam o sentido. Eram da mesma espécie e os semelhantes se atraem. Ele a desejava. E ela, que conseguia lê-lo sem dificuldades, havia dito uma verdade incisiva após a outra.”


Clevedon se mostra um homem fascinante, encantador e absurdamente sensual. Apesar de não ser capaz de compreender a obseção e ganância em se tornar a melhor modista do mundo, Clevedon acaba descobrindo muito mais da jovem calculista. Ela é forte, teimosa, intensa e até altruísta. Uma mulher que trabalha duro diariamente, dona de uma criatividade impar, que brilha e a única capaz de deixá-lo totalmente irritado e fascinado na mesma medida.



Fui totalmente conquista por esta mocinha burguesa, extravagante, ardilosa e sem escrúpulos, fascinada por este duque sedutor, que em alguns momentos me deixou com vontade de socá-lo e em outros de abraçá-lo e me negar a soltar. Mas preciso ser honesta e dizer que o personagem que realmente me conquistou e ganhou uma fatia gigante do meu coração foi a Princesa Erroll da Albânia, ficou curiosa para saber quem é né? Então, corre lá, leia a obra e volte aqui me contar se realmente não tenho razão.

Era isso que ele queria. Abraçá-la. Mantê-la com ele.Minha.Sem pensar, como um bruto.


Caros leitores está sendo completamente difícil expressar minha total fascinação e encantamento com esta obra. SEDUÇÃO DA SEDA me permitiu experimentar tantas emoções. O enredo é minuciosamente bem construído, os personagens são cativantes, carismáticos e falo não apenas de nossos protagonistas, mas de todos eles, os diálogos são inteligentes com tiradas sarcásticas, os cenários bem explorados e as criações de Marcelline te faz realmente ter desejado nascer naquela época apenas para poder usar um de seus vestidos. O livro é muito mais que um mero romance, é repleto de sentimentos, de altos e baixos, quebras de tabus da época, onde nobres e “trabalhadores” não eram uma união aceitável.

De modo geral tudo que tenho a dizer é que a obra não decepciona, surpreende. Você irá sorrir, provavelmente irá chorar e se emocionar também, mas acima de tudo conquistará seu coração. Uma leitura fluída, rápida e viciante, que irá te prender do começo ao fim.

Eu não sei de que água Loretta Chase bebe, mas adoraria provar pelo menos uma gota e ser capaz de criar obras tão incríveis quanto as suas. Este é o segundo livro dela que leio e a cada nova leitura me sinto mais arrebatada e fã de seu talento inegável. A mulher é mestre na criação de romances de época e se você ainda não lhe deu uma chance, CORRA porque realmente está perdendo tempo.



A Editora Arqueiro creio que já seja um grande clichê dizer que mais uma vez fizeram um trabalho primoroso, capa perfeita, diagramação simples e delicada, tradução e revisão impecáveis. O que dizer, arrasaram mais uma vez. Parabéns.

Sobre a série:

A série As Modistas, é formada por 4 livros e cada livro trás protagonistas diferentes.



Conheça outra obra da autora – O PRÍNCIPE DOS CANALHAS

Até a próxima! Bye.


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0 comentário

Cantinho da Caro 2 de junho de 2016 - 11:34

Eu amo e odeio esse livro! Amo e odeio o duque!
Aliás não tenho sorte com eles!
Amei a resenha!

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Biia Rozante | Atitude Literária 2 de junho de 2016 - 12:55

KKKKKKKKKKKKKK, Caro ele é intenso. Tadinho. Eu o amei todinho, com todas as qualidades e defeitooos. Feliz que gostou <3 Beijooo.

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Unknown 2 de junho de 2016 - 18:01

Engraçado os dois livros que a Editora Arqueiro publicou da Loretta eu amei. Principalmente o fato principalmente o fato das protagonistas serem tão forte. Por isso quando vi que a editora ia publicar outra série dela fiquei nas nuvens e compre o livro com um mês de antecedência na pré-venda. Mas fiquei totalmente decepcionada, muito mesmo. Lendo sua resenha percebo que o que me desagradou agradou você, "os protagonistas" (tirando Erroll é claro, não tem como não gostar dela) mas a balança pende mais para a mocinha. Me incomodou profundamente o caráter dúbio dela, não engoli essa repetição a todo momento "tive dificuldades e por isso sou mercenária", definitivamente nunca defendo a tese de que "os fins justificam os meios" que ela o tempo todo tenta deixar claro, achei suas decisões e atitudes bem contraditórias, enfim não gostei mesmo, mas livros são assim essa é que é a magia!

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Biia Rozante | Atitude Literária 2 de junho de 2016 - 19:35

Oiiii Josy. Tudo bem? Realmente os livros possuem uma magia de conquistar e desagradar pelos mesmos motivos. Conversando com outros leitores encontrei muitos que dividem a mesma opinião que a sua e outros com a mesma visão que a minha. Está bem dividido. Gosto assim, de livros contraditórios que despertam emoções diversas. Beijoooos

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