[COLUNA LITERÁRIA] #DesafioHistóricoseEu – Décima Meta

por Biia Rozante
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Oi gente!

O item do desafio de hoje é um: UM ROMANCE DE ÉPOCA QUE COMPROU PELA CAPA!Pois bem, vou responder: NENHUM!Porque na verdade compro todos os romances de época que saem no Brasil. Pode ser exagero, porém só por ser de época está automaticamente na minha lista de leitura e desejados, então, não tinha um livro para indicar sobre capa. A última capa que realmente me fez suspirar foi O príncipe dos canalhas e isso tem mais de ano!  Por isso, espero que me perdoem por indicar esse livro com a capa bem mais ou menos, mas é o que sempre digo: Quem vê capa, não vê coração!

O livro é Cilada para um marquês da Sarah Maclean, e foi publicado pela Editora Gutenberg.  Adoro os livros da Sarah. Geralmente são divertidos, sensuais, super envolventes. Na maioria das vezes temos mocinhas cansadas da aristocrata londrina, que se sentem presas demais em uma vida medíocre e quando se dão conta do absurdo que é a nobreza, se desabrocham e vão em busca de novos desafios, de sonhos, de aventuras, de uma vida “melhor” sem tantas regras impostas, buscam a valorização da mulher, se empoderam.

Nesse livro não foi diferente até certo ponto ao meu ver.

Aqui, conhecemos a Sophie engasgada com os canalhas. Cansada de ser apelidada como uma das “irmãs perigosas”. E quando dá de cara com uma situação revoltante, roda a baiana em pleno baile. Desafia convenções, desafia um duque e admite a si mesma que sua família mudou. Desde que seu pai, um antigo carvoeiro, adquiriu um título de conde, suas irmãs e mãe só pensam em como arranjar um marido nobre. Aquela vida não era a que Sophie sonhou.

Fugindo e precisando de carona para voltar para sua cidade natal, onde poderia abrir sua sonhada livraria, se casaria com o filho do padeiro e tudo estaria resolvido. Por isso, sem pensar entra na carruagem do marquês de Eversley, um dos piores e mais afamados libertinos da história.

Rei, está prestes a se tornar duque. Seu odiado pai está doente, e Rei precisa partir de Londres para uma viagem a Escócia. E quando vê uma das irmãs perigosas, tem certeza que ela está armando um plano maligno de casamento para cima dele. E ele não podia estar mais errado. Desesperado, Rei quer se livrar da garota encrenqueira.

Sophie o odeia. Quer ficar o mais longe possível desse canalha sem coração.  Mas, ela não consegue. Aliás nenhum dos dois conseguem se livrar um do outro. Brigam muito, se ofendem e de certa forma se ajudam.

“Cheire o livro”. “Vamos.”“Não assim. Dê uma boa cheirada.”Rei olhou desconfiado, mas fez o que ela mandou.“O que você sente?”, Sophie perguntou.“Couro e tinta?”Ela negou com a cabeça.“Felicidade! É esse o cheiro dos livros. Felicidade. Por isso eu sempre quis ter uma livraria. Existe vida melhor do que vender felicidade?”

Mas como nem tudo são flores, e esse livro não podia ser diferente não é mesmo?

No início conhecemos uma Sophie ingênua, porém durona! Uma mocinha de fibra, que não se deixava afetar pelo dinheiro do pai, muito menos pelos salões de baile. Como disse, só queria uma livraria para chamar de sua. Sabia que sua família era diferente dela. Suas irmãs, as mais lindas, gostavam de chamar atenção por onde passavam, já Sophie se contentava em ler um bom livro. Mas conforme o Rei entrava na vida dela, mais “florzinha” se tornava! Acho que a autora perdeu um pouco da essência da personagem no decorrer do livro! Sem contar que fiquei um pouco revoltada por como a Sophie foi tratada. O cara pensava nela com respeito e quando abria a boca só saia cobras e lagartos. Não tinha filtro nenhum naquela boca ducal!

“Não se desculpe. É verdade. Eu nunca senti que ali era o meu lugar. Eu nunca senti que o esforço valia a pena. Mas em Mossband… eu me sentia valorizada.”


Acho mesmo que Sophie aguentou demais. Com certeza esperava muito mais fibra na hora do perdão. Sei lá, posso estar sendo injusta com o casal que passou bons perrengues, mas acho que Sophie mercearia um pouco mais. Mais da vida, mais dele, mais das irmãs e de sua família.  Achei que no fundo Sophie não era diferente de uma lady!

Pode ser um pouco destoante de tudo que disse, mas isso não tira a beleza da obra. Sarah é uma das minhas autoras preferidas, e sabe como envolver o leitor e fazer a magia acontecer! Indico de olhos fechados TODOS os livros dessa autora, e esse não é diferente. A leitura é leve, divertida e muitooooo fluida! Você não vai se arrepender!

Cilada para um marquês faz parte da série Escândalos e Canalhas que é um jornal de fofoca que tem na época e conta todos os bafos. O próximo livro conta a história de um outro duque escocês.

Espero que tenham gostado dessa dica. Se já leram, contem o que acharam, e se ainda não leram, não sabem o que estão perdendo! 

Beijos e até o próximo item!

DESENVOLVIMENTO DO DESAFIO:
 – Ler um Romance Histórico com um casal na capa.
– Ler um Romance Histórico nacional.
– Ler um Romance Histórico clássico.
– Ler um Romance Histórico em que o mocinho seja guerreiro.
– Ler um Romance Histórico com a temática casamento.
– Ler um Romance Histórico com mais de 500 páginas.
– Ler um Romance Histórico de banca.
– Ler um Romance Histórico com a capa masculina.
– Ler um Romance Histórico ambientado no século 19.
– LER UM ROMANCE HISTÓRICO QUE VOCÊ COMPROU PELA CAPA.
– Ler um romance histórico que o título comece com a inicial do seu nome.
– Ler um romance histórico sobrenatural/fantasia.

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Lili Aragão 15 de dezembro de 2016 - 09:20

Oi Carol, li, amei e até gosto muito dessa capa rsr. O final foi realmente meio corrido, mas eu ri e me apaixonei tanto durante mais de 90% do livro que deixei passar kkkk Ótima dica, ótima resenha e só falta um item do desafio né?!, já quero saber que livro vc irá escolher 😉

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Biia Rozante | Atitude Literária 15 de dezembro de 2016 - 14:00

Ooiii Lili <3 Carooo arrasou na escolha, estou bem ansiosa para ler este livro. beijoooooooos.

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Unknown 16 de dezembro de 2016 - 04:23

Não sei, pra mim ficou faltando algo nesse livro. Esperei um pouco mais do casal, achei que a autora se perdeu um pouco. Queria saber mais sobre a companheira de viagem de Sophie, as crianças o médico, sem contar que é bem corrido no fim.

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