[RESENHA] Princesa de Papel, Série The Royals, Vol. 1 – Erin Watt / Planeta de Livros Brasil

por Biia Rozante
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PRINCESA DE PAPEL – Erin Watt

Sinopse: O primeiro livro da série The Royals, a nova sensação new adult dos EUA.  Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo. “Intenso, quente e assustador – eu não consigo parar de pensar em Princesa de papel” Emma Chase, autora da Série Tangled

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Preste atenção no que irei te dizer: Não sei se é possível, só sei que senti ÓDIO, REVOLTA E AMOR na mesma proporção ao ler PRINCESA DE PAPEL. Deveria ter escutado meu coração que logo nas primeiras páginas gritou PROBLEMA, porém preferi continuar e a cada página, quanto mais vontade tinha de jogar o livro na parede e não ler mais nenhuma linha, mais viciada e sedenta me tornava.

Como é complicado resenhar aquilo que tanto me inquietou e brincou com minhas emoções e sentimentos. Fiquei confusa, algumas atitudes não faziam sentido, algumas situações me deixavam perdida, os personagens me deixavam com raiva e de repente morrendo de dó com vontade de pegá-los no colo. Cada vez que pensava ter compreendido, estar no caminho certo para desvendar a família Royals, mais distante da verdade me encontrei, era apenas mais uma artimanha da autora. Socorro.

PRINCESA DE PAPEL nos apresenta Ella, uma jovem que amarga sua existência desde novinha, que sempre precisou lutar, ser forte, justificar as escolhas erradas de sua mãe, ousar. Essa personagem me tirou do prumo, fui conquistada por sua determinação e garra em alcançar seus objetivos,  independente da circunstância que ousasse aparecer em seu caminho. Por fora uma verdadeira rocha, se negando a ser diminuída ou considerada menos do que realmente é, mas por dentro ela é apenas uma jovem assustada, frágil, que precisa ser cuidada e arrisco dizer amada também.

Como mencionei sua vida tem sido pancada, principalmente após a morte de sua mãe. Ella precisa se manter atenta a todo instante, não tem com quem contar, a não ser com sua inteligência e sagacidade, está acostumada a batalhar sozinha, mas isso está prestes a mudar. Um tutor, um homem que conheceu seu pai, que está disposto a tirá-la dessa vida, cuidar, proteger como se fosse sua própria filha. Mas e se a história não for exatamente tão simples quanto parece?


“A maça está pendurada na minha frente, vermelha, suculenta e deliciosa, mas, como num conto de fadas, reed royal é o vilão disfarçado de príncipe. Dar uma mordida nele seria um erro enorme.”


Callum está decido a cuidar de Ella, ao que tudo indica ele nutre um carinho especial por seu pai e sente que precisa cuidar dela em função disto. Mas a própria família de Callum está desorientada e sem saber como lidar com a estranha que agora integra a vida deles. Pai de 5 filhos  – Gideon, Reed, Easton, Sebastian e Sawyer, jovens esses que não irão facilitar em nada a transição da jovem. Arrogantes, mimados, cheios de si, que se julgam no direito de ditar as regras dentro e fora de casa. Mas as coisas não param por ai, existe muitos segredos, omissões e ações que nos deixam enlouquecidos.

“Para minha surpresa, ele ri.Meu Deus. O que era uma risada? Reed Royal ri, pessoal. Alguém chame o Vaticano porque honestamente Deus um milagre aconteceu.”


O livro aborda questões interessantes, aqui temos uma família com mais dinheiro do que pode gastar, com o estereótipo perfeito aos olhos dos que estão de fora, mas que escondem a verdade – Estão quebrados, desestruturados, sem comunicação. Uma jovem tentando se adaptar a uma nova realidade onde não é bem-vinda, que a cada novo passo se surpreende e se machuca na mesma proporção, sendo julgada por seu passado sem a menor chance de poder se justificar. Também é abordado temas complexos como uso de drogas, alcoolismo, violência, bullying e muito mais… É para chocar mesmo, porém temas importantes a serem debatidos, assim como suas consequências.

“O destino é para os fracos, pessoas que não têm poder ou força para moldar a vida como precisam que seja. Ainda não cheguei lá. Não tenho poder suficiente, mas terei um dia.”


PRINCESA DE PAPEL é visceral, intenso, repleto de reviravoltas e tensão. A autora cria um universo que nos suga totalmente, é marcante e intrigante. O enredo é muito bem construído e apesar das muitas vias que a autora nos leva a pegar nos deixando confusos, tenho para mim que essa é exatamente sua intenção. Os personagens são tentadores, misteriosos, criados com cuidado e atenção, com personalidades únicas e a atenção não fica somente nos principais, os secundários são tão incríveis quanto. A narrativa é fluida, viciante e desperta emoções contraditórias, amamos e odiamos na mesma medida. Não consegui diferenciar mocinhos dos vilões e todo momento era como se uma bomba relógio estivesse em minhas mãos preste a explodir. E explodiu… QUE FINAL É ESSE? Precisava disto?

Resumindo, super INDICO a leitura, acredito que todo livro que nos faça questionar, surtar e ficar querendo mais merece uma chance. E esse é um belo exemplar de história que nos enlouquece. E pode confiar de que tudo que falei aqui ainda é pouco para descrever a grandiosidade da obra, ainda que em suma eu não a julgue perfeita, mas o que realmente é?

Parabéns a Editora Planeta pelo trabalho maravilhoso, capa linda, diagramação impecável, realmente muito bonito.

Até a próxima! Bye.

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Miriã Mikaely 22 de março de 2017 - 17:19

Oi! Estou em relação de amor e ódio com esse livro justamente porque não sabia bem se gostava ou não. As atitudes dos personagens me irritaram muito, tinha coisa que eu achava ridícula de ler, ainda mais porque tem uma conotação sexual muito grande. Quase tudo se resume a sexo, o que deixou a desejar. Mesmo assim, gostei demais da Ella e da força dela, basicamente foi por causa dela que me via fascinada pela historia. Tanto que já terminei o segundo (que terminou bombando tanto quanto o primeiro) e já estou chegando ao terceiro.
Espero gostar.
Beijo! Leitora Encantada

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Lili Aragão 23 de março de 2017 - 09:30

Oi Bia, eu li uma resenha super negativa desse livro e como eu sou assim, se falarem super bem me interesso e se falarem mal eu quero tirar a prova dos nove rsrs, assim peguei essa história pra ler já sabendo que não ia concordar com tudo que estava escrito, mas a escrita das autoras é envolvente e no final gostei da experiência e me surpreendi com a história. É claro que muitas atitudes dos personagens são difíceis de compreender pra mim, mas não faço parte da elite americana kkkkk e talvez lá seja bem assim 😀 O final é daqueles de roer as unhas, como assim? e bem que a editora podia ter lançado os três de vez, assim como fez a Arqueiro e os livros da Júlia (por mais publicações assim, sou curiosa demais pra cliffhangers) 😉

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