[RESENHA] Onze Leis a Cumprir na Hora de Seduzir, Os Número do Amor, Vol. 3 – Sarah MacLean | Editora Arqueiro

por Biia Rozante
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ONZE LEIS A CUMPRIR NA HORA DE SEDUZIR, Os números do Amor, Vol 3 – Sarah MacLean


Sinopse: Juliana Fiori é uma jovem ousada e impulsiva, que fala o que pensa, não faz a menor questão de ter a aprovação dos outros e, se necessário, é capaz de desferir um soco com notável precisão. Sozinha após a morte do pai, ela precisa deixar a Itália para viver com seus meios-irmãos na Inglaterra. Ao desembarcar no novo país, sua natureza escandalosa e sua beleza estonteante fazem dela o tema favorito das fofocas da aristocracia. Pelo bem de sua recém-descoberta família britânica, Juliana se esforça para domar seu temperamento e evitar qualquer deslize que comprometa o clã. Até conhecer Simon Pearson, o magnífico duque de Leighton. O poderoso nobre não admite nenhum tipo de escândalo e defende o título e a reputação da família com unhas e dentes. Sua arrogância acaba despertando em Juliana uma irresistível vontade de desafiá-lo e ela decide provar a ele que qualquer um – até mesmo um duque aparentemente imperturbável – pode ser levado a desobedecer as regras sociais em nome da paixão.

Sarah MacLean foi uma surpresa maravilhosa, sua narrativa envolvente, personagens espirituosos e cenários cativantes, me levaram por uma viagem encantadora por uma Londres conservadora e cheia de enlaces amorosos improváveis e apaixonantes. Acompanhar cada casal, cada história da Trilogia Os Números do Amor foi uma experiência única e a autora não poderia tê-la fechado de forma mais bela.

Juliana é meio-irmã de Nick e Gabriel St. John – Marquês de Ralston, filhos da mesma mãe, mas que jamais tiveram contato até que seu pai veio a falecer. Sozinha, já que sua mãe há muito a abandonou não lhe resta outra saída a não ser deixar para trás seu lar e amigos e partir em busca de seus irmãos em Londres. Ela está totalmente determinada em não ser como sua mãe, um escândalo ambulante, que só trouxe sofrimento para aqueles que por uma infelicidade nasceram dela, ou se envolveram com ela. Porém, ser filha de tal a deixa com um grande alvo nas costas e mesmo que se esforce para ser vista com bons olhos, uma sociedade tão rígida e impetuosa quanto à londrina parece ser incapaz de separar a criação do criador. Dona de uma beleza exuberante, inteligência sagaz e língua afiada, é impossível não se sentir hipnotizado pela bela jovem, entretanto a considerar um bom partido para um casamento é algo bem diferente. Os homens a querem como amante, a enxergam como alvo fácil, mesmo aquele que um dia abalou seu coração e impetuosamente o esmagou e jogou no chão.

“Aqui, nada ganhava da santíssima trindade: tradição, reputação e título.E, para alguém como ela — que não reivindicava nenhum dos três —, alguém como ele — que possuía todos os três como um direito casual — estava completa e inegavelmente fora de alcance.”


Simon Pearson é o Duque de Leigthon, um homem frio, que preza por seu título, reputação e aparência acima de TUDO. Conhecido também como o Duque do desdém, nada parece ser capaz de abalá-lo, vive conforme as regras e despreza qualquer um que faço o contrário, está sempre acima de todos e teme que um dia toda a pompa que sua família sustentou ao longo dos anos venha sofrer uma queda. Principalmente agora que uma situação escandalosa ameaça explodir sobre sua cabeça a qualquer momento, o que torna sua obsessão por prezar sua reputação ainda maior o levando a frequentar bailes da temporada e buscar pela esposa mais adequada e aceitável possível, mesmo que para isso precise abrir mão daquela que aqueceu seu coração, por ser indigna e contrária a tudo que uma duquesa deve ser.

“(…) Ela passou os braços em torno do corpo e de repente pareceu tão… pequena. E frágil. O oposto do que ele costumava pensar sobre ela: uma pessoa brilhante e ousada e indestrutível. E, naquele momento, a raiva dele foi inteiramente dominada por um ímpeto básico e primitivo de envolvê-la em seus braços até que estivesse aquecida de novo.”


Desde que Juliana surgiu na família St. John no primeiro volume da trilogia eu soube que ela iria causar e que seria em grande estilo. Estava corretíssima. Ela foge totalmente do que se espera de uma moça londrina bem criada, cresceu sob os cuidados de seu pai, um mercador. Italiana de sangue quente, é atrevida, ousada, impulsiva, não se limitando ou abaixando a cabeça para as convenções e regras. Cheia de vida e energia está sempre disposta a um bom desafio e ainda que tente não se meter em confusão, nunca fica fora delas, está sempre no lugar errado e na hora errada. É uma jovem doce, generosa, que inconscientemente busca por aquilo que seus irmãos encontraram – amor, família, estabilidade -, ser mais do que filha da sua mãe, mais que um escândalo e vergonha. E apesar deste sentimento de derrota, de insuficiência tomar conta de seu coração, sua coragem e bravura são admiráveis. E é justamente isto que encanta Simon, que o deixa tão fascinado e intrigado por essa bela morena, o problema é que Simon é um duque em toda sua essência, cheio de pompa, arrogante, soberbo, uma criatura irritante, abarrotado de julgamentos, apontamentos, mais preocupado com seu nome, título e nobreza do que com qualquer outra coisa. Tudo em sua vida foi baseado na necessidade de ser perfeito, até o casamento aos seus olhos são meros negócios a fim de manter uma linhagem inabalável e sendo assim se nega em se render a um sentimento tão banal e desnecessário quanto à paixão, o que dirá então do amor.

“(…) Quando você está por perto, eu esqueço de tudo de que devo me lembrar. De tudo o que devo ser.”


Que romance mais delicioso. No melhor estilo gato e rato, cheio de desafios, provocações, sensualidade e lições. Juliana é uma força da natureza, Sarah soube criar uma protagonista forte, independente, que mesmo diante a situações constrangedoras e uma sociedade que a trata como praga, não quebra sua vitalidade, ergue a cabeça e segue marchando. Vê-la desabrochar, enfrentar suas próprias inseguranças e lutar mesmo quando tudo parecia perdido foi lindo. Já Simon… que raiva, que ódio, ele é tão ríspido, cheio de si, esnobe, sempre colocando sua maldita aparência, reputação e título em primeiro lugar, enxergando isso como o elixir da vida eterna que nem se dá conta do quanto está ferindo as pessoas que realmente o amam. E quando ele se quebra, desconstrói essa perfeição superficial e se encontrando verdadeiramente dentro de si mesmo é gratificante e inspirador. Duas peças totalmente diferentes, mas que encaixam com perfeição, dois seres maltratados pela vida, por familiares relapsos e egoístas, que tanto precisam de compreensão, aceitação e valorização. Duas almas que se reconhecem, se reclamam e que se temem.  Dois corações aprisionados pela razão, pelo passado, pelo medo de se entregar e viver. Por essa razão caros leitores, entre o certo e o errado, faça aquilo que te faz feliz.

“Juliana havia mudado tudo. Ela o fizera querer tudo isso. Ela o fizera querer enfrentar o desafio confuso do amor. Abraçá-lo. Refestelar-se nele. Celebrá-lo.”


ONZE LEIS A CUMPRIR NA HORA DE SEDUZIR é mais que um romance, é como um diamante bruto que a cada página se lapida e se torna uma joia preciosa e rara. A tanta intensidade, complexidade e emoções nas palavras. Dois lados de uma sociedade inflexível e cruel, que não hesita em crucificar aqueles que consideram indignos e inferiores, com tantas convenções, regras e princípios que se esquecem do que realmente é importante – a felicidade. Relações familiares, perdão, recomeços, aceitação, amor, um verdadeiro transbordar de emoções contidos em meio a uma narrativa envolvente, viciante, cheia de reviravoltas, diálogos inteligentes e personagens que ganharam um espaço cativo em meu coração.

Se é que ainda preciso fazer uma indicação, irei dizer: LEIAM a Trilogia Os números do amor. Sarah possui uma escrita única, com protagonistas femininas que roubam a cena por sua força, determinação e inteligência. Elas não se prendem as regras, lutam por aquilo que amam, por aquilo que anseiam e sempre nos tocam com suas reflexões.  Existe tanto amor nas páginas, um mundo de oportunidades e descobertas, emoções que arrepiam e palavras que aquecem. Se permita viver essa experiência literária também.

Quanto a Editora Arqueiro parabéns pela capa maravilhosa, pela diagramação simples e impecável e por todo carinho.

Sobre a série:

Nove Regras a Ignorar Antes de se Apaixonar, Vol. 1 – RESENHA AQUI
Dez Formas de Fazer um Coração se Derreter, Vol. 2 – RESENHA AQUI
Onze Leis a Cumprir na Hora de Seduzir, Vol. 3


Até a próxima! Bye.


Ficha técnica:
Gênero: Romance de Época | Editora: Arqueiro | Páginas: 336 | Ano:2017  | Recebido em Cortesia | Classificação: 5/5  | Skoob
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Lili Aragão 8 de junho de 2017 - 10:14

Oi Bia, essa trilogia é mesmo um amor e esse último livro é ótimo, curti demais Juliana, já sabia que iria amar essa personagem desde que vi suas participações nos livros anteriores e ela não decepciona, já sabia também que o Duque iria ser um personagem dificil de se gostar desde os livros anteriores haha e não deu outra, quis entrar e dar uns sacodes nele em diversos momentos, e toda essa emoção tornou a leitura maravilhosa. É claro que ele se redime e tem um epílogo lindo nesse livro <3 Amei a resenha e essa trilogia, as capas da Arqueiro estão lindas também 🙂

P.S: Só fiquei com uma curiosidade e frustração SPOILER, o que aconteceu com a mãe de Juliana e dos gêmeos? elas conversam perto do fim e só, e a menos que eu tenha lido algum parágrafo sem ler realmente não fala se ela foi embora… ou fala?

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Topheira 9 de junho de 2017 - 09:12

Eu ameeeeei essa trilogia, de verdade! <3333 todos os personagens foram super cativantes, de forma que é impossível não se apaixonar e se envolver com cada um deles.
Desde a primeira vez que vi a Juliana apareceu com o Simon (na livraria, no primeiro livro), eu sabia que a história deles seriam incrivel. E sabe, nao me decepcionei, mesmo com as expectativas super altas, haha. Desde o início o amor deles é bem intenso, do tipo que eu mais gosto. *-*

Uma coisa que é legal é que essa série ("Números do Amor") se conecta com a série "Clube dos Canalhas" que se conecta com a série "Escândalo e Canalhas", todos da Sarah MacLean e todos maravilhosos, obviamente. Recomendo muito ler todos em ordem, para quem gosta de um bom romance. s2

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Biia Rozante | Atitude Literária 9 de junho de 2017 - 11:44

Oooiiii.
Aiiii Juliana é pimenta, eita mulher arretada. kkkkkkkkkk Amei sua personalidade e ousadia. Quanto ao duque… Que raiva, tinha vontade de dar uns tapas nele, mas no final o perdoei.

Agora chega mais pertinho 🙁 Simmmmm, essa parte ficou em aberto, não sei se aquele ser humano desprezível foi embora, recebeu o que merecia, ou se assim como você ela foi tão irrelevante que não prestei atenção kkkkkkkkkk

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Biia Rozante | Atitude Literária 9 de junho de 2017 - 11:46

Ooooiii, seja muito bem vinda aqui no AL <3
Simmm, essa série é tão lindaaaaaaaaa. E achei que a autora fechou com chave de ouro, trouxe emoção, intensidade e drama, uma ótima leitura.
Sarah possui uma escrita maravilhosaaaa e essa ligação que ela faz entre as séries é especial.
Beijoooos

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Lili Aragão 9 de junho de 2017 - 14:45

kkkkkkkkkkk

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Esther de Sá 14 de junho de 2017 - 00:15

Olá Bia, tudo bem?
Eu sou super fã da Sarah! Das três séries dela que li, essa é a minha favorita. Já conferi os dois primeiros livros, e agora só falta esse. Amei a sua resenha, vejo que mais uma vez a Sarah não decepcionou.
Beijos!

http://excentricagarota.blogspot.com.br

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