Postada originalmente no blog ESTANTE DIAGONAL
Ele é meu melhor amigo, ela é a única em quem confio cegamente. Uma amizade linda, que nasceu em meio a provocações e pirraças, mas o melhor não é conhecer o pior, para depois desvendar o melhor? Isso solidifica. Amigos de infância encontraram um no outro segurança, estabilidade e complemento. Uma mistura perfeita, onde um aprende com o outro, cresce e amadurece. Mas qual a linha tênue, o limite entre a amizade, admiração, respeito e atração? Os sentimentos podem se confundir, se modificar, se transformar, ou melhor, se unificar e tornar-se mais poderoso e único?
Carter e Arizona, nutrem um tipo de amizade rara. Eles são inseparáveis desde a quarta-série, do tipo chiclete que conta tudo um para o outro, que estão sempre por perto para apoiar, encorajar e ser um ombro amigo. Até suas faculdades ficam a meros minutos de distância, desta forma podem seguir coladinhos mesmo optando por cursos diferentes. E apesar da beleza da situação, foge totalmente da compreensão de seus demais amigos, como eles conseguem ser assim, sem jamais ter cruzado a linha, ou seja, se interessado um pelo outro, ou pelo menos ter tido a curiosidade de como seria. O que para Carter e Arizona é natural, eles se amam – como amigos e até pensar um no outro de outra maneira soa ridículo… ou pelo menos soava, até que de tanto que insistem e cutucam, plantam essa ideia em suas mentes e um estalinho acontece – Vamos ser honestos, eles só precisavam de um empurrãozinho certeiro.
“Eu estava certa de que o amava, e não do mesmo jeito como eu o amava antes.”
Não sei lidar com romances entre amigos, apesar de ser incrédula a ponto de acreditar que esse tipo de amizade realmente exista e principalmente esse tipo de amor, fico completamente hipnotizada quando leio a respeito – desde que bem escrito e construído como é o caso aqui. Arizona e Carter me surpreenderam muito. Ela é determinada, espirituosa, pé no chão, sagaz, divertida, com manias engraçadas e algumas maluquices na hora de escolher seus namorados. Já Carter é o cara bonitão, sexy, com um jeito todo meninão, sempre presente, que faz de tudo por seus amigos. O que ambos demoram a perceber, é que inconscientemente procuram um ao outro em seus relacionamentos e só isso já é motivo o suficiente para explicar o fracasso em suas relações. Estou sendo vaga, eu sei, mas é difícil explicar aquilo que sentimos e criamos em nossa mente. E ao ler este livro é isso que sinto, como se um filme estivesse passando bem diante dos meus olhos, com cenas que arrepiam, emocionam, divertem e nos deixa suspirando.
Sinceramente, Carter entrega muito mais do que estamos esperando. Esse romance que tinha tudo para ser apenas clichê e previsível, chega com um trama bem construída, envolvente e pitadas de ousadia que nos levam por caminhos tortuosos e me arrisco a dizer que originais para o gênero. Amei como eles vão se descobrindo. Após anos de amizade e pensando conhecer o outro melhor do que eles mesmos, ficou claro que ainda faltava muito a desvendar, e essa caminhada foi o grande barato da história. O romance é algo natural, gradual e nos leitores vivemos cada etapa junto com eles.
“(…) algumas pessoas entram na sua vida por uma razão, algumas duram apenas um verão e outras permanecem pelo resto da vida.”
Enfim, se ainda não ficou claro irei repetir: Adorei! E super recomendo a leitura a todos. Uma leitura rápida, viciante e apaixonante, que com certeza irá te marcar de alguma forma, ou apenas entreter e divertir.
SINCERAMENTE, CARTER – Whitney G.
Sinopse: Depois do sucesso da série Reasonable Doubt, que chegou ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon, do The New York Times e do USA Today, Whitney G. Williams nos lança a dúvida: o que acontece quando você se apaixona por seu melhor amigo? Apenas amigos. Somos apenas amigos. Não, sério. Ela é só minha melhor amiga. Arizona Turner é minha amiga desde a quarta série, mesmo quando a gente “se odiava”. Acompanhamos a vida um do outro desde o primeiro beijo, a primeira vez, e somos uma constante na vida do outro quando os bons relacionamentos ficam ruins. Até nossas faculdades ficavam a minutos de distância uma da outra. Com o passar dos anos, e apesar do que dizem por aí, nunca ultrapassamos nenhum limite. Nunca sequer pensei a respeito. Nunca quis. Até que, certa noite, tudo mudou. Pelo menos devia ter mudado… Apenas amigos. Somos apenas amigos. Só estou dizendo isso até descobrir se ela ainda é “apenas” minha melhor amiga.
Até a próxima! Bye.
0 comentário
Oi!
Eu acho que é comum quando lemos histórias de amor entre amigos eles fugirem sempre no primeiro problema, falta tanto diálogo que irrita o leitor, mas no fim eu sempre torço pelo casal. Li Mais que amigos recentemente e gostei tanto que acredito que Sinceramente, Carter possa ser bem parecido, e tenho certeza que vou gostar.
Beijos
http://www.suddenlythings.com/
Oi Bia, resenha poética e linda, infelizmente esse livro não teve esse efeito em mim haha, sei lá, uma boa conversa resolveria grande parte dos problemas deles e eles eram tão amigos, a desavença no final não me convenceu. E não, não fui até a questão sobre me colocar no lugar deles como você falou, só fiquei irritada haha e tem aquele personagem no final que também achei que não mereceu o desfecho que teve, mesmo sendo necessário pra ter o final feliz. Ainda assim, a escrita da autora, é leve, fluida e quero sim ler mais de suas histórias 😉
Oooiiii, Lili. Simmmm, eles deveriam ter conversado mais, sido honestos e enfrentando o problema de frente. Isso me irritou. Mas não teve jeito, fui fisgada kkkkkkkkkkkk Essa autora é maravilhosa, também já quero ler mais livros dela.
Beijoooooooos
Oooiii, sim. Eles possuem alguns pontos parecidos. Acho que vai gostar dele. Eu sempre acabo me apaixonando pelo casal e torcendo muito por eles. E é um fato, sempre são amigos, conversam sobre tudo, mas quando é com eles… travam. kkkkkkkkkkkkkkkk