“Seu sonho de um futuro feliz tornara-se um pesadelo sombrio (…) Na cadeia, seria afogado pela água pútrida da decepção, por ter perdido o amor de Isa, do remorso, por ter matado as familiares inutilmente, por ter fracassado na carreira, da angústia, por ter corrompido a sua sanidade.”
“O derradeiro grito de Samara ecoou à distância. E continuaria ecoando para sempre, até o final dos tempos, pois essa é a verdadeira essência do inferno: a eterna repetição dos nossos piores pesadelos, quer eles sejam reais ou não.”
“Envolto em pensamentos, lembrei por acaso do que seu Ernane dissera, de como às vezes a gente tem que ajudar as pessoas apenas por ajudar. O velho sabia das coisas… Abri um sorriso que continha um misto de saudade e gratidão, e jurei que guiaria minha vida com base naquelas palavras.”
“(Vazio. Vazio do que mesmo? Só vazio.)”
Sinopse: Marcos DeBrito, Rodrigo de Oliveira, Marcus Barcelos e Victor Bonini são autores reconhecidos pela crueldade de seus personagens e grandes reviravoltas nas narrativas. As mentes doentias por trás dos livros A Casa dos Pesadelos, O Escravo de Capela, Dança da Escuridão, Horror na Colina de Darrington, Quando ela desaparecer, O Casamento, Colega de Quarto, e da série As Crônicas dos Mortos, se uniram para criar versões perturbadoras sobre as tragédias que ocorreram em um terreno amaldiçoado, e convidaram o igualmente perverso Tiago Toy para se juntar na tarefa de despir os homicídios, acidentes e assombrações que permeiam um dos principais desastres brasileiros: o incêndio do edifício Joelma. O trágico acontecimento deixou quase 200 mortos e mais de 300 feridos, além de ganhar as manchetes da época e selar o local com uma aura de maldição. Esse fato até hoje ecoa em boatos fantasmagóricos que envolvem a presença de espíritos inquietos nos corredores do prédio e lendas sobre lamúrias vindas dos túmulos onde corpos carbonizados foram enterrados sem identificação. Algo que nem todos sabem, é que muito antes do Joelma arder em chamas no centro de São Paulo, o terreno já havia sido palco de um crime hediondo, no qual um homem matou a mãe e as irmãs e as enterrou no próprio jardim. Devido às recorrentes tragédias que marcaram o local, há quem diga que ele é assombrado por ter servido como pelourinho, onde escravos eram torturados e executados. E sua maldição já fora identificada pelos índios, que deram-lhe o nome de Anhangabaú: águas do mal. Se as histórias são verdadeiras não se sabe… A única certeza é que a região onde ocorreu o incêndio tornou-se uma mina inesgotável de mistérios. E, neste livro, alguns deles estão expostos à loucura de autores que buscaram uma explicação.