[RESENHA] Encontrando-me – Cora Carmack / Editora Novo Conceito

por Biia Rozante
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Encontrando-me – Cora Carmack

Sinopse: Qual era o meu problema? Hunt era só um cara qualquer. Homens nunca foram um desafio para mim… ou pelo menos não eram fazia muito tempo. Mas aquele homem… Ele me deixava confusa sem nem mesmo tentar. A maioria das pessoas adoraria passar meses viajando pela Europa após concluir a faculdade sem responsabilidades, sem pais e sem limites no cartão de crédito. Kelsey Summers não é exceção. Ela está no melhor momento de sua vida, pelo menos é o que continua a dizer a si mesma. Tentar descobrir quem realmente você é pode ser um negócio complicado, especialmente quando se está com medo de não gostar do que vai descobrir. Bebidas e festas não são sufi cientes para afastar a solidão de Kelsey, mas talvez Hunt possa ajudá-la. Depois de alguns encontros casuais, eles embarcam em uma aventura pelo continente. A cada nova cidade, uma experiência. A mente de Kelsey torna-se um pouco mais clara e cada vez mais seu coração deixa de pertencer somente a ela. Hunt a ajuda desvendar seus próprios sonhos e desejos. No entanto, quanto mais ela aprende sobre si mesma, mais percebe o quão pouco sabe sobre Hunt.

P.S. Livro recebido em cortesia pela editora parceira. 

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ENCONTRANDO-MEé um livro que fala exatamente sobre isso: SE ENCONTRAR. É difícil até começar a falar sobre ele, pois foi uma história que me emocionou, contagiou e conquistou além do que eu esperava. E quando pensei que sabia o final, que sabia exatamente o que os personagens escondiam fui surpreendida, pois eu estava errada e eu adorei isso.

Kelsey é nossa mocinha, uma menina/mulher guerreira, ousada, desinibida e provocadora, que por mais que tenha aprendido a se esconder por trás da mascará de força, é vulnerável e frágil. Ela acabou de se formar em Artes Cênicas e saiu para se aventurar, tentando deixar seu passado para trás, buscando maneiras de se descobrir, descobrir o que realmente gosta, o que quer para sua vida e um tanto quanto inconsequente se joga no melhor estilo balada, sexo e bebedeira.

“Não importava onde eu estava ou quantos aviões e trens eu pegaria para chegar lá, a escuridão sempre me alcançava. Não por causa do azar ou carma ou coisa assim. O desastre me acompanhava porque eu era o desastre. Era um furacão ambulante, e minha ideia de vida era derrubar todas as pessoas comigo.”


Com uma família desestruturada e complicada, ela quer apenas encontrar um lugar que a faça se sentir em casa, a verdade é que Kelsey quer apenas se sentir especial, sentir que alguém se importa com ela e ser capaz de construir uma vida longe de tudo que lhe trás medo e insegurança.

“Eu estava me odiando pela minha fraqueza e minha inabilidade de simplesmente lidar com as coisas, mas chega uma hora em que você se vê tão no fundo do poço que não há luz no fim do túnel, nem uma trilha ou sinal. Tudo é escuridão se abatendo sobre você, estrangulando seu mundo. E questionando como você chegou até ali e por que não consegue abandonar aquelas reflexões inúteis, afinal você está no fundo do poço e é incapaz de fazer alguma coisa a respeito disso.”


Hunt é ex-soldado… Avassalador, com uma aura primitiva, protetora, que exala poder, ele fascina e nos deixa encantados. Um homem misterioso, discreto, que não fala muito, mas que possui um olhar intenso, capaz de dizer muito mais do que qualquer monologo no mundo. Ele chega de mansinho, como quem não quer nada, exibindo seu sorrisinho sarcástico e quando nos damos conta, já estamos mais do que envolvidos com ele e muito curiosos para saber o que ele esconde, tentando desvendar por que ele também está fugindo.

“(…) Era aquela incerteza, a completa falta de controle, que fazia dele a coisa mais assustadora que me aconteceu em muito tempo…”


A verdade é que Kelsey e Hunt são apenas dois jovens que precisam aprender a lidar consigo mesmo. Jovens que estão fugindo de um passado doloroso e sofrido que deixou marcas. Jovens que buscam encontrar novos caminhos, criar novas lembranças, liberdade e cura. Que buscam uma maneira de se perdoarem, perdoarem aqueles que lhe fizeram mal, de se consertar e esquecer.

“(…) Era daquele jeito que eu queria me sentir o tempo todo. Pairando no ar, livre do mundo e suas exigências e problemas. Queria estar à deriva no mar, pairando no espaço, esquecendo-me de quem eu era.”


Junto com eles embarcamos nesta busca, durante a trama vamos desvendando seus segredos e nos envolvendo mais e mais. Notamos o amadurecimento dos personagens e na maneira como cada um deles vai ensinando e aprendendo um com o outro.

“– O melhor da vida é aquilo que não podemos planejar. E é muito mais difícil encontrar felicidade quando se procura num só lugar. Às vezes, você simplesmente tem de se livrar do mapa. Admitir que você não sabe para onde está indo e deixar de se pressionar para descobrir. Além disso… um mapa é uma vida que outra pessoa já viveu. É mais divertido criar seu próprio mapa.”


O livro é deliciosamente no ponto. Veio para fechar a trilogia com chave de ouro e nos deixar com aquele sentimento de saudade. Com tudo na medida somos transportados para uma trama cativante, com o poder de nos fazer sorrir e gargalhar em algumas partes. Emocionante, que nos deixa com lágrimas nos olhos, com vontade de pegar os personagens no colo e dizer que tudo ficará bem, que eles vão conseguir. Excitante que nos suga para o meio de um amor reprimido, cheio de sensualidade, vontades, provocações e preliminares. Deslumbrante, que nos leva para cenários lindos, cidades e mais cidades de um verdadeiro paraíso. Apaixonante porque nos vemos tão atraídos pelos personagens e suas histórias, tão envoltos em seus medos e dramas, e torcendo muito para que o amor que surgiu com uma força avassaladora e irresistível de certo. E fechamos com um misto de emoções de que tudo vale a pena, cada página lida, cada tropeço que sentimos como sendo nossos, cada vitória e conquista.

“(…) Quando se ama alguém, ama de verdade, o amor é uma marca duradoura em sua alma. Você tem um cadeado no coração que levará consigo sempre. Você pode perder a chave ou jogá-la fora, mas o cadeado permanece com você mesmo assim.”


Cora mais uma vez nos presenteia com uma escrita fluida, divertida e viciante, nos faz ler e vivenciar as emoções e nos deixa com aquele gostinho de que nunca será suficiente, que sempre iremos precisar mais e mais de seus livros. Seus personagens são sempre marcantes, os cenários bens construídos e as tramas envolventes e surpreendentes.

Parabéns a Editora Novo Conceito por mais um trabalho impecável.


P.S. Não tenho o primeiro volume da trilogia no formato físico, por esta razão ele não está na foto.

Até a próxima! Bye.

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Cantinho da Caro 29 de outubro de 2015 - 16:30

quero muitoooooooooooooooo!

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