[RESENHA] A Menina que não Acredita em Milagres – Wendy Wunder / Novo Conceito

por Biia Rozante
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A Menina que não Acredita em Milagres – Wendy Wunder

Sinopse: Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres. Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso, quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, por isso, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise – um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos. Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá ela encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber. Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres?

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Por mais que o tema seja debatido e explorado constantemente em livros, nunca é fácil ler a respeito – O câncer é algo que corrói os que são portadores da doença e os que estão a sua volta também. Ler sobre esse assunto nunca será tranquilo, leve e livre de emoções, muito pelo contrário, sempre será uma avalanche de sentimentos.

Cam está conformada, sabe que não adianta ter esperança, fé ou continuar lutando contra uma doença que insiste em se apossar do seu corpo, afinal de contas ela já tentou todos os tipos de tratamentos e remédios, mas nada parece funcionar. Ter câncer é horrível de diversas formas, ele te suga, te drena, rouba sua alegria e vitalidade, te joga em um universo de incredulidade e dor. Na verdade sua vida nunca foi fácil, já enfrentou muitas batalhas emocionais, e físicas e nem sempre conseguiu sair vitoriosa delas. Cam está cansada e como consequência se tornou uma pessoa cética, prática e determinada a não se iludir. Por outro lado, sua mãe se recusa a desistir, não quer se entregar, e ainda que possa parecer loucura acreditar em um lugar mágico conhecido por seus milagres, está disposta a correr o risco, se isso significar a cura de sua filha.

“(…) Algumas coisas não têm explicação.”


Cam não vive em função da doença, ainda que isso a atormente e a tenha tornado amarga e ácida. Existe bondade, generosidade e altruísmo em suas ações. Por diversas vezes ela veste uma mascara de indiferença, para driblar sua situação, também se muni de ironia e sarcasmo o que dá um alivio cômico para a trama. E já que não acredita em milagres sobrenaturais, decide provocá-los ela mesma, ainda que não seja o alvo deles, se realiza vendo aqueles que ama felizes, recebendo o que desejam.


“O amor, Cam tinha de admitir, poderia ser real. E o amor permanece. As relações permanecem. Porque os pensamentos são energia, energia é matéria, e a matéria nunca desaparece.”


A MENINA QUE NÃO ACREDITA EM MILAGRES é um livro “real”, criado com o propósito de transmitir uma mensagem, de ensinar. Narrando a jornada dessa jovem de dezessete anos que recebeu do seu médico a pior noticia possível, seu câncer é terminal e ela provavelmente não chegará aos dezoito. E ao contrário do que eu estava esperando, que era lamentação, sofrimento e despedida a história se transformou em algo muito mais valioso e inspirador. Ele desconstrói a imagem do milagre como sendo algo extraordinário e inacreditável e o deixa mais palpável, real, como se pudéssemos o provocá-lo nos mesmo.  Falando principalmente sobre viver, aproveitar o hoje como se fosse o último dia, realizar o que deseja, ser feliz enquanto se pode ser e acreditar que o verdadeiro milagre da vida é o hoje, o agora. É sobre valorizar as pessoas que estão a nossa volta, que nos amam, que quando perdemos a fé continuam orando por nós e quando fraquejamos segura nossos braços para evitar que caiamos.

“No interior da música não havia câncer. Nem sensação de desconforto. Nenhuma dor. Nem abandono. Nem Lista do Flamingo. No interior da música, mesmo nesses ritmos primitivos, Cam sentia-se livre.”


Eu amei os personagens, cada cenário explorado pela a autora e o modo com ela desenvolveu o enredo. Apesar de um início arrastado a leitura vai ganhando força e te envolve com o passar dos capítulos, conforme vamos conhecendo melhor a protagonista e assim a compreendendo.

Recomendo a história para todos aqueles que amam romances reflexivos, histórias intensas que emocionam e trazem lições valiosas em suas páginas.

Parabéns a Novo Conceito pelo belo trabalho. A capa está linda, a diagramação simples e impecável.

Até a próxima! Bye.

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0 comentário

Calebe Mendes 1 de abril de 2017 - 00:17

Que capa legal… achei a premissa do livro bem interessante. Me lembrou muito a cabana n sei porque!

Caramba, gostei muito da premissa do livros, mas me desaninei quando vc falou que era uka serie de 13 livros kkkk, a maior serie que eu li so tem 5!!

http://infinitoparticulardoslivros.blogspot.com/

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Biia Rozante | Atitude Literária 1 de abril de 2017 - 09:59

Olá, Calebe. Tudo bem?
O livro é interessante e pode acreditar, não tem absolutamente nada que lembre A Cabana. São histórias totalmente diferentes.
Acredito que não tenha lido a resenha, pois em nenhum momento menciono que se trata de uma série, é livro único. (Ou estou recebendo um SPAM de dia da mentira).

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Lili Aragão 2 de abril de 2017 - 10:14

Oi Bia, essa parece ser uma história bem emocionante, assim como são todas que li até agora e tratam desse tema, câncer, que infelizmente tem se feito cada vez mais presente na vida dos seres humanos, o que é bem triste e doloroso. Não tinha ouvido falar desse livro ainda, mas gostei da resenha, principalmente da parte em que você fala que o livro trata também das pessoas que cercam a personagem e fazem diferença nesse momento critico e de como o livro trata de valorizá-las. Anotei a dica do livro e amei a resenha 😉

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