[CRÍTICA] Série Os 13 Porquês

por Biia Rozante
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Olá, pessoas!

Não tenho como hábito falar das séries e filmes que assisto, porém não resisti, não consegui me manter indiferente a uma em especial que acabei maratonando no final de semana.

Os 13 Porquês, é um lançamento original de 2017 da Netflix, baseado na obra do autor Jay Asher e logo de cara preciso deixar meus parabéns e gratidão a cada pessoa envolvida neste projeto.

Antes de iniciar minhas considerações sobre a série, quero ressaltar que não li o livro. Portanto não farei comparações entre um e outro. Também quero deixar claro que não sou crítica, que não tenho conhecimento técnico sobre cinema e qualquer coisa relacionada. Sou apenas uma leitora viciada, que ama séries e filmes.

ENREDO
Ao retorna para casa após a escola, Clay encontra uma caixa misteriosa direcionada a ele. Dentro desta caixa contém, um mapa, e algumas fitas cassetes. Intrigado ele decide ouvi-las, é quando se depara com a voz de Hannah Baker, a jovem que cometeu suicido recentemente. Logo de cara uma revelação o deixa devastado, se ele está recebendo a caixa, é porque ele é um dos porquês dela ter se matado, assim como os demais mencionados em cada gravação. E caros leitores, você com certeza não está preparado para as emoções que irão tomar seu corpo, o quanto seu coração ficara em frangalhos, e quantidade valiosa de assuntos debatidos. MARAVILHOSA! Apesar da premissa ser o suicídio, a abordagem vai muito além, temos relações familiares, agressão, violência sexual, bullying e muito mais…

Sabia que seria intenso. Mas olha… jamais imaginei que seria tão denso e profundo.  Muito bem escrito, detalhado, é perceptível o cuidado com a qual o assunto foi abordado, a maneira como os aspectos psicológicos de cada personagem foram bem explorados, os diálogos são precisos, a abordagem do universo jovem está natural e em nenhum momento tentaram minimizar os efeitos, as reações, as consequências. Cru, real, angustiante, sufocante, doloroso, o enredo está na medida perfeita para emocionar, direcionar e inspirar todos a se tornarem seres humanos melhores, mais atentos a sua volta.

PERSONAGENS/ATUAÇÃO
Uau, não poderiam ser mais distintos, cheios de personalidade, medos, inseguranças e dramas. Cada um com sua parcela de culpa, dor, angustia, precisando lidar com as escolhas, com as consequências de cada ação e ainda assim tão perdidos e confusos.

Vou focar nos dois protagonistas. Hannah, foi interpretada pela atriz Katherine Langford, incrível, o semblante, o olhar, o modo como ela se move, fala, articula, ela captou cada emoção, cada sentimento, até mesmo diante do silêncio seu olhar gritava, impecável. Sua atuação me chamou muita atenção, pois toda a jornada da protagonista, a evolução da crise, o crescimento da dor, dos medos, da solidão, tudo ficou minuciosamente bem expressado. Já Clay foi interpretado pelo ator Dylan Minnette e sua atuação foi maravilhosa, quanta angustia, as explosão de raiva, a carga de culpa, as angustias, medos, é só… UAU. Mesmo, não sei como expressar em palavras.

A verdade é que todos foram brilhantes em suas atuações. É impossível pensar na série e nos personagens de maneira diferente, porque cada um verdadeiramente vestiu a capa que lhe cabia, foram precisos, entregues e o resultado final foi uma explosão de emoção e verdadeiro show de atuação.

FOTOGRAFIA
Os cenários explorados, toda a dinâmica jovem está muito bem representada. As festas, o ambiente escolar, o modo como as cenas foram gravadas, tudo está realmente muito bonito, bem construído. Realmente visualmente falando eu AMEI.

MINHAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os jovens, na verdade todas as pessoas de um modo geral deveriam assistir ou ler Os 13 porquês. As discussões, os temas abordados é muito real, infelizmente é algo presente no cotidiano e acontece com mais frequência do que imaginamos e gostaríamos.

O suicídio é o segundo maior responsável por mortes de jovens no mundo. É uma triste estatística que só faz aumentar e a impressão que tenho é que muitas vezes preferimos abafar, ignorar e esconder, ao invés de tentar debater, entender e ajudar.

É impressionante o quanto uma pequena ação, uma única palavra pode gerar uma avalanche. Como algo aparentemente insignificante para você, pode ser o fim para outros. Detalhes que passam despercebidos na correria do dia a dia, quando estamos focados demais nos nossos próprios dramas e não nos importamos com quem está ao nosso lado.

Quando foi que começamos a ser tão egoístas, cruéis, individualistas? Quando nos esquecemos do valor da empatia, do respeito, da humanidade? Por que aceitamos que nos humilhem, minimizem, maltratem? Isso é errado. E precisa parar. É importante saber respeitar as diferenças, as escolhas, as decisões, os gostos. Procurar entender ao invés de, julgar.

Fique atento aos sinais, pode ser que uma pessoa próxima a você esteja gritando socorro neste exato momento, te pedindo ajuda, mesmo no silêncio as palavras gritam, basta querer escutar.

Não desvalorize as dores dos outros, você não sabe o que se passa em sua vida, o que aquela pessoa está enfrentando, cada individuo é único, e a maneira como sente sua dor, como vive, também é. Cada pessoa tem sua própria batalha para lutar. Não desmereça sua dor, seus medos e inseguranças.

E se você acha que não tem mais jeito, acredite tem sim. Você não está SOZINHO, não tenha medo de pedir ajuda, de querer procurar uma nova solução, sempre, eu disse SEMPRE existe outros caminhos, outras escolhas, outras chances.

O verdadeiro milagre da vida é o hoje. Então não o desperdice, não tenha medo de viver, de tentar ser feliz, de amar. Não tenha medo de recomeçar, de acreditar. Ainda que doa, que seja difícil, não desista de si mesmo. Jamais desista de si mesmo, a morte não é a solução, jamais será.

Em um mundo onde ser cruel, praticar bullying e ser egoísta está na moda, faça a diferença e mostre que você é superior. Respeite, ame, ajude, seja generoso, tenha empatia. São pequenas atitudes, pequenos gestos e sorrisos que tornam o mundo um lugar melhor. Traga um pouco de cor para quem está vivendo em um mundo cinza.

Até a próxima! Bye. 

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