(Crítica) – O Regresso

por Biia Rozante
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Baseado na obra de Michael Punk, dirigido pelo mexicano Alejandro González Iñarritu, de ( Birdman), O Regresso, ( The Revenant) é uma obra sobre a luta pela sobrevivência e um desejo de vingança. Há aquelas frases “A Vingança é um prato que se come frio” e “Se for se vingar, cave duas covas”.  Bem, o filme é literalmente isso.
Para quem não sabe, o longa é baseado em fatos reais, o que para mim o torna ainda mais incrível.
Sou suspeita para falar do Leonardo DiCaprio, pois para mim, parece perseguição o ator nunca ter ganhado Oscar. A atuação dele é brilhante, sempre foi. O filme beira o realismo, com cenas brutais, agonizantes e momentos de aflição. É assim que você se sente praticamente o filme todo.
O filme teve 12 indicações ao Oscar. Entre elas, de melhor filme, melhor ator, Leo DiCaprio, melhor ator Coadjuvante, Tom Hardy e melhor diretor, Alejandro Inãrritu.
DiCaprio interpreta Hugh Glass, um forasteiro que trabalha como guia para os americanos numa expedição de caça a animais para a venda de peles no Norte dos Estados Unidos. Atacado por um Urso, ficando praticamente num estado “quase de morte”, ele é deixado para trás juntamente com o seu filho índio, pelo Capitão da expedição.  John Fitzgerald (Tom Hardy)  e um outro rapaz (Will Poulter), são escalados para cuidar de Glass até que ele morra e dê a ele um enterro digno. Mas, a vilania de Fitzgerald, faz Norman Bates parecer fichinha. A sangue frio, Fitzgerald assassina o filho de Glass na frente dele e ainda deixa o parceiro para trás para morrer, não cumprindo o acordo.
É então que Glass luta pela sua sobrevivência para vingar a morte do filho. As cenas são incríveis e só o ataque do Urso já vale o Oscar para DiCaprio. Como se não bastasse, Glass ainda é confrontado com índios assassinos, arremessado de um penhasco, se joga em rios congelantes e é quase soterrado por uma tempestade de neve. Desgraça pouca é bobagem para Glass. Sua determinação, mesmo com toda a sua debilidade, é o diferencial, o que o torna indescritivelmente fabuloso. O filme trata o ambiente em si como um inimigo violento. Quanto a Tom Hardy, o ator é igualmente brilhante. Um personagem extremamente egoísta. Eu fiquei realmente besta com a atuação dele e custei a acreditar que era Hardy ali, interpretando.  Fui até confirmar nos créditos. A caracterização do personagem foi inacreditável. 
Preciso tirar o chapéu para Inãrritu, pois conseguir prender o espectador por 156 minutos no longa, que por muitas vezes, tem cenários monótonos com DiCaprio e sem diálogos, sem dúvida, é de uma genialidade impressionante. Não são todos que conseguem ter a sensibilidade de perceber que os atos, um olhar ou até mesmo o cenário em si, dispensam diálogos e falam por si só. E é o caso de O Regresso.
Com uma fotografia de dar inveja, eu quero realmente dar um beijo em Emmanuel Lubezki por sua câmera incrível e suas gravações de plano-sequencias. É tão real, que em uma das cenas, a lente chega a embaçar com a respiração de DiCaprio. Sem contar da avalanche real criada apenas para impressionar. Nós nos sentimos dentro do filme, naquele cenário espetacular, diante de uma natureza totalmente bela, rústica e impecável. Vale ressaltar que Lubezki já ganhou duas estatuetas, em Gravidade e Birdman. Sério, preciso tomar a câmera desse cara, simplesmente sensacional. Ele transforma o filme com maestria em uma impecável obra prima com belíssimos cenários de uma natureza não explorada e selvagem. E não vamos só falar da fotografia, o longa merece uma atenção especial em todas as suas categorias: cenário, maquiagem, figurino, direção de arte, produção, trilha sonora… Além é claro, das atuações brilhantes de DiCaprio e Tom Hardy.
Tenho dito, se DiCaprio não levar o Oscar de melhor ator, não sei dizer quais são os critérios para isso. Por mais que Matt Damon esteja concorrendo ao seu lado, como melhor ator no filme Perdidos em Marte – o qual eu também amei – sem dúvida, a interpretação dele está longe de ser comparada ao de DiCaprio, em O Regresso. Ele realmente entrou de corpo e alma nessa atuação. Quer uma prova? O ator que é vegetariano, teve que realmente comer carne vermelha, crua (numa passagem do filme), para dar mais realismo. É ou não é FODA?
Então, será que agora vai?
É esperar até 28 de fevereiro e ficar na torcida.

 

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Meu Vício em Livros 5 de fevereiro de 2016 - 11:20

que matéria incrível Brooke, Parabéns! o filme não faz o meu genero, não pretendo assistir,no entanto, estou torcendo muito para que tanto ele como o Di Caprio ganhem o Oscar! Vou ficar na torcida, bjs Meu Vício em Livros

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Unknown 31 de maio de 2018 - 12:44

Na minha opinião, Tom Hardy e Leonardo DiCaprio foram a chave para o sucesso deste filme, e sua história é fenomenal porque a fotografia é uma das formas mais estéticas em que uma história pode ser refletida. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio, maravilhosa produção, todos os elementos deste filme estão muito bem cuidados. Sou fã do filme Tom Hardy, por que se compromete muito com o personagem, é um dos meus preferidos, por que sempre leva o seu personagem ao nível mais alto da interpretação, adoro os projetos aonde ele participa.

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